As Décadas da Ásia, de Diogo do Couto, abrangem essencialmente o espaço do Índico, com ramificações no Sudeste Asiático, sobretudo no Arquipélago das Molucas. A crónica estende-se de 1526 a 1600. A abordagem é cultural, numa perspectiva de um possível esboço de identidade nacional. Estamos perante uma obra ensaística dirigida a jovens e adultos, universitários e curiosos da cultura quinhentista nacional. A autora procurou chegar «aos grandes tópoi de glória e miséria (de euforia/disforia da Expansão), verdadeiros pilares do império português» e que apesar das escassas referências explícitas constituem as principais coordenadas da narrativa de Diogo do Couto, como o comprovam os comentadores e estudiosos da época.
